Estou devendo um post decente faz algum tempo.
Mas tô de saco cheio do futebol que tenho visto.
Acabou a Premier League e o que me restou é um futebol ridículo, covarde, chorão, burro, idiota, pobre tecnicamente e com pênaltis e expulsões inexistentes.
A Copa do Brasil deste ano teve vários grandes jogos. Principalmente quando o Santos esteve em campo. Grêmio X Santos no Olímpico foi um desses jogões. Não faltou nada ao jogo. Nem mesmo o Neymar. Sobre ele falo depois.
No jogo da volta, ao término da partida vi o Léo transtornado falando mal de um narrador, ou algo parecido, gaúcho que havia provocado o time do Santos. Mas ele estava completamente alterado. Um cara que jogou no Benfica, na Seleção Brasileiro, já venceu o Brasileiro, Paulista, etc..., ficar alterado daquela maneira só serviu para mostrar o tamanho do intelecto dele.
Fui atrás do vídeo que o deixou daquele jeito. Nada demais. Uma provocação barata, de um repórter, ou jornalista, que faz de tudo para ganhar audiência. Algumas frases de mau gosto e nada mais grave. E o Léo ficou daquela maneira. Lamentável. Nojento.
O Robinho até foi mais leve e sensato nos comentários. O Léo é o tipo do jogador que se acha experiente, se acha o cara que vai passar a tarimba necessária ao time, e deixou o Santos na mão na final do Paulistinha.
Bem perto do fim desse jogo na Vila Belmiro, o Edu Dracena quis dar uma de dono do terreiro e começou a bater boca com o Jonas. E conseguiu ser expulso. Imbecil, idiota e retardado. Ele é do tipo de zagueiro que acha que tem que gritar e encarar para impor respeito. Precisa aprender e muito com o Lúcio como impor autoridade numa zaga. Não vai jogar a primeira final. Pior pra ele. Mas o pior é que não vai aprender.
Dois caras que deveriam passar experiência e não passaram. Do outro lado temos o Ganso. Jogadorzaço. Não se mete em confusão, não ganha cartão bobo, joga o simples. Nas diversas discussões de machão. Aquela que o cara faz de conta que está nervoso e está quase pedindo para alguém segurá-lo para dar maior impressão de macheza, nunca se vê o Ganso. Ele sabe que aquilo não resolve nada. O que resolve é a bola no pé. E isso ele tem de sobra.
E a final marcada para Agosto? Uma vergonha. A CBF gasta quatro datas no começo do torneio para a primeira fase e depois deixa a final para dois meses depois da semifinal. Anti-clímax total.
Usando apenas duas datas na primeira fase, poderíamos ter uma final sensacional antes da Copa do Mundo, mas......
Sobre o Neymar, como prometido.
É um piá que acha o mundo a coisa mais legal do mundo. Acabou de criar um Twitter, tirou sarro do Chicão, colocou foto do chapéu (com a bola parada), do jogo anterior e quis se explicar dizendo que respeita os adversários e vai dar chapéu quando o time estiver ganhando e com a bola rolando.
Aquele chapéu foi com a bola parada. E vai fazer graça só com o time ganhando? Isso é humilhar, fazer troça (gosto dessa palavra) do adversário. E depois vem dizer que respeita. E queriam ele na seleção. Entendo o clamor, mas ainda não. Ele precisa amadurecer. Jogando na Europa, já que aqui com a imprensa passadora de mão na cabeça e clubes subservientes aos atletas será mais um jogador que jogará o talento e a carreira fora.
Agora a Copa.
O que aconteceu para que só falássemos de Argentina antes da Copa? Como bem observou Leonardo Bertozzi da ESPN Brasil, na Argentina os comerciais para a Copa só falam da Argentina e no Brasil só falam da Argentina.
Não vejo a menor graça nas propagandas que tiram sarro dos argentinos, por tirar. Não há uma piada decente, uma ironia engraçada. É apenas falar mal, por falar mal. Na verdade o que nós brasileiros temos é inveja. Inveja pela maneira como os argentinos sentem e vivem o futebol.
Lá é possível perceber o sentimento pela seleção nacional. Talvez a razão seja ter um ídolo no comando, mesmo com a seleção cheia de defeitos. Ou não.
Nós gostaríamos de ver o nosso time jogando como o deles. Rachando a bola, correndo atrás sempre, lutado e acreditando.
Já temos um time assim, só que sem a técnica que sempre tivemos. O PVC falou na ESPN sobre o dilema da Espanha. Em que eles agora perguntam como jogar bem de novo, já que na única vez que a seleção conseguiu jogar um futebol bonito e atacante, foi campeã.
Lá eles querem jogar bonito, pois assim é possível ser campeão. E aqui vive-se batendo na seleção de 82, a perdedora jogando bonito, e também na de 94, campeã jogando feio. É a briga pragmatismo x futebol bonito. Como se as duas coisas fossem como água e óleo. A Espanha da Euro prova que é possível, o Barcelona do Ronaldinho Gaúcho, o Barcelona de Messi, o Santos de Robinho e Diego, o Cruzeiro de Alex, o São Paulo de Telê e por aí vai.
Hoje assisti o Globo Esporte. Não costumo fazer isso, pois não gosto da maneira como os assuntos são abordados e da apresentação simpática.
Mas é inadmissível a maior emissora do Brasil, falar que na Copa de 58, o Paulo Machado de Carvalho criou o uniforme azul para a seleção brasileira, só para ilustrar uma matéria. O Brasil já tinha o uniforme azul, só não o levou para a Copa. Jogamos em 38 de azul. Podem até dizer que é um detalhe. Mas isso mostra como as notícias podem ser alteradas apenas para satisfazer o repórter ou o editor do jornal.
E para encerrar as minha perguntas sem resposta:
É preciso fazer mãe de jogador chorar, todas as vezes, quando aparece na TV?
É preciso sempre fazer piada sem graça com os argentinos?
É preciso transformar todas as reportagens em gracejos do tipo, esse cara aí é enjoado, olha lá ele caiu, e etc....?
O Dunga não disse que acabaram os privilégios dos órgãos de imprensa? Qual a razão da exclusiva só pro JN?
Se a bola da Copa fosse da Nike, o Júlio César teria achado-a tão ruim? (tá certo o modo como escrevi?)
É realmente necessário alterar a ordem dos acontecimentos de uma partida para contar como ela foi, de maneira engraçadinha?
E como diria Antero Greco: O nosso esporte não é distorcer para o Brasil.